quinta-feira, 7 de julho de 2011

MONOGRAFIA PROF. FERNANDO

Publicação da monografia de conclusão de Especialização em Artes Visuais/UFMG 2009 do professor Fernando  José de Oliveira - O Ensino da Arte e a educação a Distância.

O ENSINO DE ARTE E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais do Programa de Pós-graduação em Artes da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito
parcial para a obtenção do título de Especialista em Ensino de Artes Visuais.
Orientador (a): Prof. Sebastião Brandão Miguel
BELO HORIZONTE 2009
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha esposa e companheira Luciana, pois sem a sua
paciência, não teria forças para conseguir concretizá-lo e aos meus filhos pelas
muitas ausências.
Fica o meu carinho.
Fernando
AGRADECIMENTOS
Ao meu Deus toda honra e glória.
A minha esposa Luciana que muito me ajudou.
Aos meus filhos Isaac e Davi pela compreensão na minha ausência.
Aos meus sogros Elio e Célia que me ajudaram em oração.
Ao meu orientador Professor Sebastião Brandão Miguel.
Meus agradecimentos!
Fernando

RESUMO
O presente trabalho objetiva destacar alguns elementos constitutivos do
processo de aprendizagem da arte, o uso da internet e a educação à distância.
Os tópicos estão constituídos de levantamento teórico sobre ensino e a
aprendizagem, o que vem a ser internet, o uso da internet no ensino, a
educação á distância e um breve relato de todo o processo.

Palavras-chave:
Arte, ensino, internet e educação à distância.
SUMÁRIO
Introdução.........................................................................................................09
1. O Ensino na Arte ..........................................................................................11
1.1. A Arte e a Experiência Segundo John Dewey .............................................14
1.2. A Aprendizagem Triangular ........................................................................15
1.2.1. Equívocos Cometidos Quanto ao Uso da Proposta Triangular .................18
2. A Internet .....................................................................................................20
2.1. História da Internet ....................................................................................21
2.2. Educação Pela internet ...............................................................................23
2.3. A Pesquisa Acadêmica e o Uso da Internet.................................................25
3. A Educação à Distância ................................................................................28
3.1. Uso das TIC na Produção do Conhecimento...............................................29
3.2. A Interatividade e a EAD............................................................................31
3.3. Ambiente de Aprendizagem Inovador .........................................................32
Considerações finais ..........................................................................................34
Referências........................................................................................................36

INTRODUÇÃO

O Ensino de Arte e o Ensino à Distância é o cerne desta pesquisa que diante das novas tecnologias da Informação e Comunicação como o computador num mundo contemporâneo, e com o uso da internet como ferramenta de aprendizado na Educação à Distância, nos traz uma questão:
como a metodologia de ensino através da internet pode contribuir para o ensino de arte à distância?
Objetiva destacar alguns elementos constitutivos do processo de aprendizagem.
O advento da internet possibilitou uma comunicação maior e mais veloz entre os grandes centros de informação facilitando a pesquisa e a educação.
Na atualidade, com o aumento da velocidade de troca de informação, se multiplicam as possibilidades de aprendizado.
O bombardeamento de imagens e informações que recebemos a todo o momento nos faz refletir quanto ao uso da internet e como utilizá-la de maneira adequada para o ensino à distância.
O principal objetivo desta pesquisa é destacar alguns elementos constitutivos do processo de aprendizagem da arte, o uso da internet e a educação à distância.
Trata-se de um estudo bibliográfico de cunho descritivo. O levantamento bibliográfico foi realizado através de autores como: BARBOSA, Ana Mae.
Tópicos Utópicos, Parâmetros Curriculares Nacionais – MEC, LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência e outros.
No primeiro capitulo, conceitua-se arte, descreve sobre a importância do Ensino da Arte relata um breve histórico do ensino artístico no Brasil e faz uma abordagem da “Proposta Triangular” defendida por Ana Mae Barbosa na área das Artes Visuais.
O segundo capítulo ressalta a importância da internet no mundo atual, com uma geração midiática que tem acesso as novas tecnologias como o computador, o celular, o mp3, a câmara fotográfica digital, a internet com salas de bate-papo e sites de pesquisa, e muitas outras possibilidades.
Num mundo de imagens a internet é usada não só como ferramenta de comunicação, mas também como ferramenta de aprendizagem e ensino.
O terceiro capítulo fala sobre o Ensino à Distância, e como conhecer as novas tecnologias a ponto de usá-las para o ensino, dominá-las e fazer delas aliada. A internet trouxe à possibilidade de acesso à informação que antes era restrita a museus e bibliotecas.
Com o acesso a informações podemos conhecer o uso das novas tecnologias e suas mídias no Ensino à Distância. A internet passou a fazer parte do dia a dia, ligando as pessoas, os lugares e o tempo.
A internet trouxe uma série de possibilidades para a comunidade acadêmica que necessita ou prefere o Ensino à Distância.
Estas questões suscitam o desejo de pesquisar as relações entre o ensino, a internet, e particularmente o ensino de Artes e a Educação à Distância.
1. O ENSINO DA ARTE
A palavra Arte
Geralmente é entendida como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais.
O pensamento artístico é desenvolvido a partir de uma educação em arte. O aluno amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão, e a imaginação dando sentido às experiências pessoais.
A Arte engloba as capacidades de percepção, razão, memória, entre outras. Para esta prática aprender arte envolve basicamente, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre formas da natureza e sobre as produções artísticas individuais e coletivas de distintas culturas e épocas.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais:
1 vem do latim ARS e significa técnica e/ou habilidade.
“Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte tem como objetivo levar as artes visuais, a dança, à música e o teatro para serem aprendidos na escola. Por muito tempo, essas práticas foram consideradas atividades importantes apenas para recreação, equilíbrio psíquico, expressão criativa ou simplesmente treino de
habilidades motoras”. (PCN, 1998 p. 62).
A Arte é tão importante como outros campos do saber e do conhecimento no processo de ensino aprendizagem.
O conhecimento de artes amplia as relações. Ao estudar um período histórico permite uma compreensão do mundo em sua poética onde
criar e conhecer estão juntos. Ser flexível é fundamental para aprender.
1
ou disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma
consciente, controlada e racional|2 Rubrica: filosofia. segundo tradição que remonta ao
aristotelismo, conjunto de meios e procedimentos através dos quais é possível a obtenção de
finalidades práticas ou a produção de objetos; técnica Obs.: p. opos. a ciência ('conhecimento não
aplicado')|3Derivação: por extensão de sentido (da acp. 1).o uso dessa habilidade nos diversos
campos do pensamento e do conhecimento humano Ex.: <a. do pensamento> <a. da matemática
pura>|4 Derivação: por extensão de sentido (das acp. 1 e 2).o uso dessas habilidades nos diversos
campos da experiência e da prática humana Ex.: <a a. da estratégia> <a a. da caligrafia> <a a. da
música>|5Derivação: por extensão de sentido (das acp. 1 e 2). Acervo de normas e conhecimentos
indispensáveis ao exercício correto de uma atividade
No Dicionário Houaiss: Rubrica: filosofia. Segundo tradição que remonta ao platonismo, habilidade
Histórico:
A partir da colonização, no Brasil o desenvolvimento em relação ao ensino foi difícil.
Os Jesuítas foram os primeiros a organizar o primeiro sistema formal de ensino no Brasil. Era uma educação que realçava mais a literatura do que as belas artes.
No entanto, com a vinda da Corte Portuguesa, o ensino artístico no Brasil foi proporcionado por Dom João VI que em 1816 trouxe a Missão Francesa e assim, foi fundada a Academia de Belas Artes e junto o movimento neoclássico em voga na Europa. Passou a ser o ditame da arte e as manifestações locais passaram a ser
objeto de preconceito e símbolo de distinção de classe social entre o povo e a elite.
O barroco, tão difundido no Brasil, que já tinha características próprias e vai ser substituído pelo neoclassicismo francês que impõe uma arte muito diferente daquela produzida no Brasil. Como diz Juliana Gouthier
estéticas do país, com a substituição do Barroco Brasileiro pelo Neoclassicismo”.
“A chegada de Don João VI ao Brasil e, em seguida a Missão Francesa, trouxeram marcas profundas nas referências
Produziu um impacto até hoje atordoante naquela tradicional divisão da cultura em erudita, culta, de um lado, (Neoclássica), e cultura popular, de outro, (Barroco). Disso resultam cruzamentos culturais em que o tradicional e o moderno, o artesanal e o industrial mesclam-se em tecidos culturas.
Há uma influencia de diversas teorias no ensino da arte. A Escola Tradicional, marcada pelo início da república, de concepção neoclássica, vai trazer uma relação entre o ensino do desenho e a preparação para o
trabalho que segue até o século XX. Entre 1930 e 1970 ensinava-se desenho natural, desenho decorativo, desenho geométrico e desenho pedagógico. Nesta escola reproduziam-se modelos que eram propostos pelo professor, pois se acreditava que aprenderiam pela repetição, buscavam o aprimoramento e a
destreza.
A Escola Nova de origem europeia e americana surgiu no Brasil em 1930 com uma proposta de livre expressão que valoriza o processo e não o resultado. Com a chegada de Anízio Teixeira entra em cena o pensamento de John Dewey.
A Escola Tecnicista instalou-se no Brasil a partir de 1960 a serviço dos interesses da sociedade industrial onde preparavam os alunos para o mercado de trabalho usava-se a elaboração do desenho. O método usado pelo professor era o de seqüência de técnicas diversas.
Com as Vanguardas Artísticas com a influência da Expressão Criadora e por fim vê-se a cópia ser banida dos meios educacionais. Os elementos da composição começam a ser ensinados proporcionando até o estudo de imagens de objetos populares. Há um abandono do realismo e a introdução de estilos abstratos e
aparece o Realismo Pós-Moderno.
“A educação cultural que se pretende com a Proposta Triangular é uma educação crítica do conhecimento construído pelo próprio aluno, com a mediação do professor, acerca do mundo visual”. (Barbosa, 1998).
Quando se faz uma educação voltada para a cultura, valoriza-se o que o aluno traz.
Ao conhecer a Arte de outras culturas, compreender valores em sua maneira de pensar e agir, valorizar o que é próprio do nosso país favorece o aprendizado da diversidade da imaginação humana. A partir do conhecimento da cultura mundial pode-se valorizar a produção nacional e um ensino voltado para a cultura brasileira.
Segundo Ana Mae o ensino da diversidade cultural deve ser objetivo dos educadores, para assim levarem o conhecimento sobre a cultura local, a de outros grupos e a de outras nações.
Na Arte, as técnicas usadas para sua produção, bem como artistas e as obras através do tempo permitem o apreciar e o produzir arte de maneira significativa.
Ensinar arte de forma consciente, com conteúdo e conhecimento, dentro de uma abordagem triangular proposta por Ana Mae Barbosa, foi base para os Parâmetros Curriculares Nacionais, onde o criar, o apreciar, e o contextualizar se tornam uma necessidade por possibilitar um desenvolvimento cultural.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN):
“A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico, que caracteriza um modo particular de dar sentido às experiências das pessoas: por meio dele, o aluno amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. Aprender arte envolve, basicamente, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir
sobre eles. Envolve também, conhecer, apreciar e refletir sobre as formas da natureza e sobre as produções artísticas individuais e coletivas de distintas culturas e épocas”. (BRASIL, 1997, p.15)
A educação em Arte também desenvolve a percepção estética que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana. A sensibilidade, a percepção, e a imaginação são desenvolvidas ao realizar formas artísticas ou na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas.
O ensino da arte é importante para a criança, e para a sua relação com os saberes que compõem a sua formação artística e cultural. Assinala a necessidade abordar Arte como objeto de conhecimento.
Quando apreciamos Arte, podemos vivenciar outras vidas, outras épocas, podemos nos emocionar. Vive-se a experiência do outro.
A arte é a língua do mundo, expressá-la com linhas, cores, gestos, amplia a capacidade de leitura do mundo.
A Arte tem o seu próprio meio de comunicar e nela o sujeito relaciona com o que conhece e pode-se entender a arte de qualquer lugar do mundo.
É preciso alfabetizar nas linguagens da arte com a ampliação da capacidade de expressão pessoal e de leitura do mundo.
A arte como produção de conhecimento deve ser estudada do ponto de vista do contexto social (Barbosa, 1998).
Quando estudamos outras culturas, podemos entender melhor a cultura do nosso país uma vez que tivemos diversas influências dessas culturas.
Com a chegada da internet, há um estímulo muito grande na forma de processar o conhecimento. A internet abrange diversas culturas e permite que tenhamos contato com elas.
Como diz Ana Mae: “A arte em ambiente tecnológico precisa ser discutida,” (BARBOSA, 2006, p: 112). Não há pesquisas a respeito dos efeitos educacionais da interatividade para aquisição do conhecimento.
1.1. A Arte e a Experiência Segundo John Dewey.
Existiram no Brasil vários modelos e concepções para o Ensino da Arte que serviram como referência teórica e prática e que não avançaram em questões de valorização da arte como área do conhecimento. Estudos recentes apontam para uma mudança de concepção para o ensino da arte, que focalizam para a relação
existente entre Arte-Educação e cognição.
A arte passou a ser concebida nos projetos de ensino da arte como cognição, uma cognição que inclui a emoção, e não unicamente como expressão emocional; a arte passou também a priorizar a
elaboração e não apenas a originalidade
(BARBOSA, 2005, p.13).
O ensino da Arte gerou estudos culturais com um ponto em comum: o conceito da arte como experiência, conceito este, elaborado por Dewey em 1934.
Este conceito apresenta a experiência como argumento cognitivo. “Cognição é o processo pelo qual o organismo torna-se consciente de seu meio ambiente”. (Barbosa, 2005).
Este conceito, que valoriza a experiência, vai ser muito importante no ensino da arte no Brasil.
Na década de 80, o ensino de arte pós-moderno equilibrou o apreciar com o fazer. “Conhecer significa ter uma experiência” (Barbosa, 1998).
Revelar o caminho traz experiência. Segundo Dewey, é possível unir o intelecto emocional e prático através da experiência artística. “A arte une mais que experiências de outra natureza.”
Dewey afirma que quando uma pessoa é levada a refletir sobre a sua produção, comparando-a com a realidade visual, mudanças significativas acontecem na forma de desenhar ou produzir.
John Dewey tem influenciado educadores que defendem o fazer artístico único à compreensão estética. A partir dos anos 90, Dewey vem sendo apontado como um dos pioneiros da pedagogia moderna.
1.2
A Aprendizagem Triangular
No Brasil, passamos por uma série de mudanças e transformações no ensino/aprendizagem não só no Ensino da Arte como no Ensino em Geral.
Ana Mae Barbosa, arte-educadora, professora aposentada da USP, Universidade de São Paulo, é pioneira da arte no Brasil. Defensora do papel da arte nas escolas como forma de resgatar a qualidade de ensino e da aprendizagem, não tem dúvidas sobre a importância do ensino de arte. Para ela a arte facilita o processo de
aprendizagem e prepara melhor os alunos para enfrentar o mundo.
Foi à primeira doutora brasileira em arte-educação, criadora da teoria da “Abordagem Triangular”, que defende a ideia de que o ver e o fazer são tão importantes quanto à contextualização da leitura e da prática.
Depois de diferentes métodos de Ensino no Brasil, conforme o livro um do Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais, Santana diz: “Ana Mae Barbosa, pesquisadora importante, por fazer considerações fundamentais e apontar novas diretrizes para a arte/educação”, apresenta a Abordagem Triangular.
Em meio a mudanças, o reconhecimento da Arte como área do conhecimento
no Brasil e no Ensino da Arte, a construção da Abordagem Triangular, por Ana Mae Barbosa, aconteceu entre os anos de 1980 e 1990.
A autora defende que as metodologias são construções dos próprios professores em sala de aula e por isso chama sua abordagem de Proposta Triangular e não mais como Metodologia Triangular como foi chamada
anteriormente.
Santana diz “Ana Mae defende a concepção de que um conhecimento construído em Arte pode ser realmente um conhecimento em si, recusando a utilização das aulas de arte para fins diversos”.
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases Nacional (LDBN – Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996), traz uma nova concepção de educação:
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos Movimentos Sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases Nacional de 1996 (Lei nº. 9.394/96).
Foi dado um passo importante no reconhecimento da arte como área de conhecimento.
Na Abordagem Triangular há uma legitimação da Arte e do seu ensino, e como disciplina a torna ampla no universo artístico.
Fazer arte: é o criar, é experimentar as possibilidades em arte. É a Produção em arte por seus meios. É deixar a criança criar, desenvolver a autoconfiança e respeito ao outro, o apreciar, o contemplar.
Nos fundamentos contemporâneos, o Ensino das Arte Visual, deve ser observado, estruturadas e consideradas as transformações históricas e metodológicas desse ensino.
Nesta Abordagem a autora defende uma concepção baseada na triangulação do ensino que é a criação (o fazer artístico), a leitura da obra de arte (o apreciar, o fruir), e da contextualização.
O Fazer é a elaboração de obras, é a ação propriamente dita é criar, é experimentar as possibilidades em arte. É a produção em arte por meio do desenho, da pintura, da colagem fotográfica, da gravura, da concretização da poética pessoal, é deixar a criança se expressar.
O apreciar é o fruir, é o conhecimento estético, é relacionar a obra com o mundo, reconhecer as diferenças, é interpretar.
O contextualizar é estabelecer relações, entender a obra no seu contexto, seja histórico, cultural ou social. É situar o conhecimento em relação ao seu próprio conhecimento e dos colegas.
Sua proposta consegue atingir uma elaboração moderna, e ao mesmo tempo, estar dentro de uma perspectiva de entendimento do professor.
Conhecedora de teorias ao redor do mundo consegue organizar de forma simples e objetiva o que já fazíamos em sala de aula de forma separada, solta.
Com a sistematização desta proposta, também consegue dar liberdade ao ensino da Arte sem, contudo amarrá-lo dentro de uma hierarquia, não se trata de usar primeiro a leitura e depois a contextualização e depois o fazer, temos a liberdade de começar por qualquer das partes da proposta triangular.
Comprovadamente esta abordagem permite tanto o desenvolvimento do conhecimento da arte quanto o da criação artística, bem como permite à criança ter uma independência deste conhecimento.
1.2.1
Equívocos Cometidos Quanto ao Uso da Proposta Triangular
Considerar a proposta triangular como fases de aprendizagem “Não se trata do fazer da aprendizagem, e sim de processos mentais que se interligam para operar a rede cognitiva da aprendizagem’”. (Barbosa, 1998).
Restringir o fazer artístico a releitura de obras: É um dos erros mais cometidos por quem não conhece a proposta usada como procedimento constante transforma o fazer artístico em um exercício escolar de reprodução. Releitura de uma obra de arte é questionamento, é despertar a capacidade criativa.
Hierarquia de atividades: Você não tem que começar primeiro por este ou aquele caminho, não é uma sequência.
Redução da contextualização a história: Contextualizar é estabelecer relações, leva a um comprometimento social e não a uma historicização de certo artista.
Destinar ao trabalho apenas o código hegemônico europeu e Norte Americano erudito da arte. Apesar de ter influências de outras culturas temos uma a que nos é própria.
“Portanto, qualquer conteúdo, de qualquer natureza visível e estética, pode se explorado, interpretado e operacionalizado através da Proposta Triangular”. (Barbosa, 1998).
Ao professor, além da liberdade de uso, permite amarrar o ensino à qualidade do saber em Arte, depende da resposta que damos à pergunta: Como se dá o conhecimento em Arte?
Respondendo a pergunta acima temos a resposta que precisamos ao usar a proposta triangular que permite ao aluno a construção própria do conhecimento em arte.
2. A INTERNET
Com vasta produção teórica que fazem referência às novas tecnologias e às mudanças de conceitos e paradigmas que elas acarretam temos Pierre Lévy (Tunísia, 1956).
Nascido numa família judaica, é um filósofo da informação que se ocupa em estudar as interações entre a Internet e a sociedade. Fez mestrado em História da Ciência e doutorado em Sociologia e Ciência da Informação e da Comunicação, na Universidade de Sorbonne, França. Trabalha desde 2002 como titular da cadeira de
pesquisa em inteligência coletiva na Universidade de Ottawa, Canadá. É membro da Sociedade Real do Canadá ou Academia Canadense de Ciências e Humanidades.
Pierre Lévy trabalha desde 2002 como titular da cadeira de pesquisa em inteligência coletiva na Universidade de Ottawa, Canadá. Irei usar alguns conceitos elaborados por Lévy.
A internet é um sistema mundial de redes de computadores de troca de informações, interligados mundialmente que permitem acesso a informações, a transferência de dados, envio de mensagens eletrônicas, ensino, sendo a uma das tecnologias modernas informação e comunicação.
Ela trouxe uma série de possibilidades no âmbito geral e também para a comunidade acadêmica: acesso à informação de maneira rápida; interação com pessoas de todos os lugares; informação sobre qualquer assunto e salas de bate papo da mesma forma como se pode tratar de assuntos importantes. Mandar
mensagens se tornou muito comum e isso permitiu pessoas se comunicarem com outras pessoas, não importa onde elas estejam com um custo bem pequeno ou sem custo. A internet passou a fazer parte do dia a dia, ligando as pessoas, os lugares e o tempo. Ter acesso à internet torna-se cada vez mais necessário a todos.
Esta nova tecnologia permite o uso de várias ferramentas como Chat’s, fóruns, correio eletrônico, vídeo conferência ou ainda nos possibilita construir e partilhar conhecimentos. É possível navegar, fazer pesquisas acadêmicas ou não, mas sempre preocupado em avaliar as informações. É o maior centro de informação do
mundo, com textos dos mais simples aos mais complexos, que permite o acesso a imagens, sons ou produtos audiovisuais.
Outro recurso a utilizar é o blog, um diário pessoal, que pode ser atualizado a qualquer momento, onde se podem colocar links que levam em outros endereços, com os mais diferentes temas, nas mais diversas áreas, conforme a necessidade individual da pessoa ou do grupo participante. Weblogs, ou simplesmente blogs,
consistem em publicações de conteúdos como textos, links, fotos, poesias, ideias, piadas, notícias etc. È uma excelente ferramenta para educadores, pois é flexível e permite diálogos entre alunos e comunidades.
2.1 História da internet
A internet não foi pensada como ela é hoje. Em 1945, com a necessidade de se criar uma rede de comunicação para fins militares, deu se inicio a um projeto militar americano que pretendia interligar pontos estratégicos a uma rede descentralizada que não pudesse ser destruído por bombardeios, o que mais tarde, germinou na
experiência de conexão de computadores de diversas universidades espalhadas pelo mundo.
Para que ela pudesse ser usada criou-se um protocolo estabelecendo uma linguagem comum a ser usada pelos computadores.
O que só foi possível após a criação deste protocolo de fácil manipulação para que pudesse trafegar em qualquer equipamento de informática.
Desenvolveu-se a partir de uma comunidade acadêmica, com um estilo formal e lento. Com a formação das comunidades, novas necessidades foram criadas e assim houve uma expansão naquilo que poderia ser feito via internet. O Brasil passou a fazer parte da internet, só em 1988, com a conexão Bitnet.
BITNET, acrônimo para "Because It's Time Network", foi uma rede remota, fundada em 1981 e administrada pelo CREN (Corporation for Research and Educational Networking)
instituições educacionais e de pesquisa na América do Norte, na América do Sul, Europa e Japão. Chegou a alcançar mais de 2.500 universidades e institutos de pesquisa em todo o mundo.
Para que as páginas da internet pudessem ser acessadas usa-se como endereço de localização o Word Wide Web. É o que vem facilitar a navegação na internet. Enquanto a Internet é essencialmente "hardware", a WWW é uma coleção de softwares que facilitam o acesso a documentos e outros recursos através da rede de computadores. Mas no cotidiano os dois termos são usados como sinônimos.
Em 1989, a idéia básica da WWW foi proposta por Tim Berners-Lee do Conseil Européen pour La Recherche Nucléaire, CERN (em português, Conselho Europeu de Pesquisas Nucleares), da Suíça. Uma página da WWW é um documento de texto com informação adicional de formatação na Linguagem de Marcação de Hipertexto (Hypertext Markup Language, em inglês, dando o acrônimo HTML). Para ter acesso a uma página web (da WWW) é necessário ter um navegador (browser, em inglês) que interprete a Linguagem de Marcação de
Hipertexto (HTML). Uma característica importante dessa linguagem é a possibilidade de incluir ligações (links, em inglês) para outras páginas web.
Desse modo, as páginas da internet usam o endereço com a sigla WWW e suas páginas ficam distribuídas pelos computadores. Cada página tem um endereço chamado de URL (sigla em inglês de "Uniform Resource Locator"). Quando um endereço de um servidor (computador que contém certas páginas e permite seu
acesso) for digitado no navegador ou uma ligação for clicada com o mouse, o navegador envia uma solicitação da página ao servidor, o qual envia a página em resposta.
Em nossos dias muitas são as possibilidades no mundo da web, é possível aprender muito através dela.
Ao abordarmos a internet necessariamente entramos no campo das tecnologias (conjunto de técnicas, processos e métodos específicos de um dado ofício ou negócio). Desse modo podemos dizer que o ensino é, também, uma
tecnologia educacional. A internet surge como uma possibilidade de comunicação advinda do desenvolvimento dos computadores. Este exige o domínio de uma tecnologia digital por ser baseada na linguagem binária dos computadores.
A tecnologia digital pode e tem sido usada como ferramenta de apoio às tecnologias educacionais dentro do processo de ensino e aprendizagem.
Ao refletir no uso de tecnologias nas escolas não se fala simplesmente no uso de “aparelhos tecnológicos digitais”, mas sim no conjunto de técnicas, processos e métodos específicos para o ofício de ensinar.
em Washington, e usada para fornecer serviços de correio eletrônico e de transferência de arquivos entre computadores de grande porte em
2.2.
Educação pela Internet
Os Parâmetros Curriculares Nacional indicam como objetivo para o Ensino fundamental: “Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimento”.
Como ferramenta de trabalho, a internet tem mudado grandemente o ensino.
Em nossos dias é possível pesquisar, editar material, bater papo, criar imagens, fazer arte, interagir ou usá-la como ferramenta de trabalho na educação. Como marco de comunicação contemporânea, a internet trouxe uma série de mudanças para o modo de agir das pessoas. No campo da arte, por exemplo, Almeida diz: “O
que é pertinente ao ensino da arte, talvez não resista às exigências do que esta por vir”. É preciso estar preparado para estas mudanças.
Para ensinar pode-se usar qualquer forma de tecnologia, seja a fala, a escrita, a imprensa ou mesmo o giz e o quadro-negro, ou qualquer outra forma de tecnologia relevante à educação como recurso metodológico.
Ainda não se utiliza a internet em todas as possibilidades que ela traz, mesmo passados vinte anos de sua criação no Brasil, muitos ainda não dominam este recurso tecnológico.
A arte e os artistas estão continuamente dialogando por meios eletrônicos e virtuais, com tecnologias modernas, transformando a arte em experiências sensíveis.
Toda esta mudança nos remete a uma nova maneira de produção do conhecimento onde a arte também se apropria destas transformações.
“Produzir, distribuir e circular a informação, estando conectado é um dos requisitos básicos da cena contemporânea”. (CANETTI, 2007).
Na educação pela internet é possível pesquisar, se relacionar com pessoas, grupos ou entidades diversas, inclusive editar o que produzimos ou ter acesso a edições dos mais diferentes estilos e mais variado tema seja para divertimento, informação, pesquisa, trabalho de uma determinada escola, etc. Muitas são as
possibilidades que a web oferece. Houve uma mudança radical sobre o que é arte e o seu ensino através da internet em nossos dias.
Para Lévy, “Não se pode mais conceber a pesquisa científica sem uma aparelhagem complexa que redistribui as antigas divisões entre experiência e teoria”.
Não podemos conceber o ensino em nossos dias sem o uso do computador e de pesquisas na internet, seja para o aprendizado informal ou não.
Para pesquisas mais precisas podemos entrar em sites de museus espalhados pelo mundo todo e conhecer a arte, os artistas, projetos e etc., não importa a época ou o tempo.
A internet proporciona vários sites com relação a qualquer conteúdo que se deseja pesquisar. Ao entrar em um site de busca como o Google, por exemplo, vários endereços são proporcionados ao qual pode ser escolhido aquele que mais agrada.
Encontrar-se uma gama enorme de curso on-line dos mais diversos temas e carga horária diferente.
Atualmente é possível aprender muito através da internet. Hoje ela é uma ferramenta indispensável para o ensino. Muitas são as escolas que tem se beneficiado da internet para o ensino nos mais diversos níveis de ensino. “Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática” (LÉVY, 1993).
O advento da internet trouxe a simultaneidade de um grande número de operações mentais: observar, absorver, entender, reconhecer, buscar, escolher, elaborar e agir.
A arte tem sido motivo de estudos como arte virtual ou ciber arte. Não se tem a ideia de que a obra seja constituída de um único produtor do objeto artístico, mas como o de vários participantes. Perde-se aquela ideia de obra acabada, as obras realizadas em rede virtual, como a arte produzida e divulgada em rede pode-se
compreender o que Lévy nos fala a respeito do fim de autor, o fim da autoria. Nesse tipo de obra produzida e divulgada em rede, todo internauta pode modificá-la.
Desta forma, não podemos deixar de destacar que no século XX e na primeira década do século XXI as atividades artísticas vêm cada vez mais se associando tanto a novas mídias e tecnologias como a procedimentos tradicionais, sensoriais, comportamentais etc. Deslocados das bases, suspensos, transformados, projetados,
vazados e montados, os objetos são revisitados, justapostos, transformados e reinventados. Novos espaços são reorganizados e, ao espaço específico, natural, construído e virtual vão sendo incorporados novos materiais, novos conceitos e novas mídias, num incessante fluxo de novos repertórios.
2.3. A Pesquisa Acadêmica e Uso da Internet
Hoje em dia, com o advento da internet, todos os dias milhares de páginas de informações são editados e são inúmeros os cuidados que devemos ter para o seu uso. Muitos são os perigos.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacional:
intermédio dos meios eletrônicos de comunicação não significa necessariamente que esteja ocorrendo um processo de democratização do acesso às informações, e muito menos que os
cidadãos contemporâneos tenham conhecimento crítico do mundo em que vivem. Basicamente o que mudou nos últimos anos, com o desenvolvimento tecnológico, foi a possibilidade de comunicar as
informações globalmente, com maior velocidade e em diferentes formatos” (PCN, 1998, p.136).
“Entretanto, o fato de que imagens e informações estão disponíveis, ao mesmo tempo, em praticamente todos os lugares do planeta, por
O uso da internet não garante que podemos ter todas as informações que queremos. Nem todo o material que se encontra é confiável, além do número de opções que podemos ter.
Ainda de acordo com os Parâmetros Curriculares, “ter informação não significa ter conhecimento”.
É muito comum confundir informação e conhecimento.
Há informação demais, o que não garante o conhecimento no uso da internet na educação. Por ter acesso a muitos dados, muitas informações estão disponíveis, o que causa certa confusão.
Informação é aquilo que encontramos ao pesquisar um determinado assunto, há uma organização dos dados dentro de uma lógica, de um código em uma estrutura determinada.
Conhecimento é o que se adquire fazendo uma pesquisa sobre determinado assunto, é uma construção, há uma integração da informação com o nosso referencial, nos apropriamos e tornamos significativo para nós.
Enquanto a informação é passada o conhecimento é construído, é criado.
Ao fazer uma pesquisa na internet, é comum encontrarmos sites tendenciosos, com informações sem respaldo. É preciso saber a origem da informação, quem escreveu, se é confiável, pois ela pode ter informações nem
sempre corretas.
A internet atualmente é o maior repositório de informação do mundo. A maior parte dos documentos é produzida digitalmente, sejam em formas de vídeo, áudio ou texto que através das tecnologias digitais tem o acesso instantâneo.
Pesquisar na web é uma tarefa que exige paciência. Para pesquisas acadêmicas na web é preciso conhecer como funciona o sistema de localização de documentos. A informação armazenada é acessada através do URL (UniformResourse Locator). Há uma janela no alto do seu navegador escrito endereço onde aparecem as letras “http://” que significam documento de hipertexto. “Composto de nós que podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos ou partes de gráficos, ou ainda, sequencias sonoras”. (LÈVY, 1993).
Ao realizar uma busca na internet é preciso mais que paciência, é preciso concentração para não se perder em meio a tanta informação. Para uma boa busca é preciso saber quais são as palavras-chave e sua melhor combinação para resultados mais significativos.
Também é preciso conhecer os mecanismos de busca, as suas ferramentas mais avançadas.
Para pesquisas na web pode ser por meio de sites que hospedam documentos ou por meio de index dos sites de busca.
Entre os sites de busca mais conhecidos temos o Google (Acadêmico), Altavista e Yahoo.
Encontramos seus endereços: No Google: http://www.google.com.br/, No Altavista: www.altavista.com.br,
No Yahoo: www.yahoo.com.br.
Como exemplo tem o sistema de busca Google que é um site de busca com maior abrangência atualmente (www.google.com.br). Quando digitamos uma palavra na paginado do google pode-se clicar em pesquisar para obter a resposta que buscamos.
Para encontrar a definição de alguma palavra devemos digitar desta forma: “define: (palavra)”. Ao se usar aspas no início e no fim (“ ”) limita-se a pesquisa à frase digitada e não à palavras isoladas. Quando se usa asterisco (*) amplia-se o resultado da pesquisa. O sinal de adição (+) amplia a busca e traz páginas que contenham duas
expressões. Sinal de subtração (-) elimina palavras ou frases que encurtam o resultado da busca.
Em buscas de site de língua portuguesa podemos usar o conectivo “e” ou “and” para sites de busca em língua inglesa, quando colocado entre duas palavras, traz resultados que contenham as duas expressões.
“ou” para sites de língua portuguesa e “or” para sites de língua inglesa colocadas entre duas palavras permitem páginas com informações de uma ou da outra palavra.
3. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A educação à distância tem sido uma mola propulsora das mudanças que vêm acontecendo em nossa sociedade e mais especificamente na educação. A educação à distância no ensino brasileiro tem mudado o nosso país.
A EAD já se fazia presente em tempos remotos, através de correspondência. O ensino à distância no Brasil começou no século XX por correspondência, mais tarde por rádio e depois pela televisão e foram incorporados multimeios como o áudio e o vídeo, e atualmente a internet tem transformado o meio educacional possibilitando a graduação a distância.
Os avanços tecnológicos permitem a sua disponibilidade. Alguns períodos da EAD:
Entre 1950 a 1960, se iniciou via papel impresso ganhando participação do rádio e da teve com uso de uma tecnologia predominante.
Entre 1960 a 1985 são usados fitas de áudio, fitas de vídeo, a televisão, o fax e o papel impresso. Uso de múltiplas tecnologias sem o uso do computador.
Entre 1985 a 1995 alem do papel impresso e do fax, iniciou-se o correio eletrônico, computador, internet, CD, videoconferência. Múltiplas tecnologias com o computador e redes computacionais.
Entre 1995 a 2005 acrescentou-se o chat, transmissões em banda larga, interação por vídeo ao vivo, sendo o uso de múltiplas tecnologias.
Com o decreto nº. 2494 de 10/02/1998 definiram-se os limites da Educação a Distância, “forma de ensino que possibilita auto-aprendizagem com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos
diversos meios de comunicação”.
Na capa da revista Escola de novembro de 2009, traz-se a seguinte reportagem: “Educação a Distância Mitos e Verdades”, onde se pode ver que a EAD nos últimos anos, cresceu grandemente em números de alunos no país. Isto ilustra bem o objeto de pesquisa e estudo deste trabalho.
Em 2005 criou-se a UAB, Universidade Aberta do Brasil, com prioridade na formação de professores da Educação Básica Pública e formação continuada destes professores. É uma parceria com mais de 38 universidades federais em torno do país.
Hoje a educação a distancia esta completamente ligada ao uso do computador e da internet, que permitem a comunicação de estudantes em todo pais, onde a distancia não importa mais.
A inovação tecnológica trouxe uma série de inovações e desenvolvimentos e tem mudado a forma de estudar e aprender. As telecomunicações disponibilizaram tecnologias de áudio e vídeo.
No campo da educação à distância, alguns recursos tem se configurado como atalhos que aperfeiçoam a aprendizagem. Em um curso a distância a eficiência e a freqüência no uso dos recursos disponíveis na plataforma de estudo são fundamentais para a interação e construção individual/coletiva do conhecimento.
O computador permite armazenar informações que podemos ver de maneira rápida, além de permitir o acesso a programas interativos.
“Acredita-se que quanto maior a interatividade, o diálogo, o respeito às diferenças, ritmos, a afetividade entre professor e aluno, maior a possibilidade de construção de conhecimentos significativos que poderão ser realizados de forma coletiva, interligando os diferentes saberes”. (Sandra Cedraz Lopes, 2005).
Dessa forma a educação à distância proporciona um espaço de troca de experiências, de conhecimentos e de propostas que afetam o saber, onde cada pessoa se beneficia de trocas na interação.
3.1 Uso das TIC na Produção do Conhecimento
Na década de cinquenta houve um notável avanço tecnológico. A partir dos anos sessenta a tecnologia educacional passa a ser mais sistemática.
Mas foi na década de oitenta que a tecnologia educacional passa a ser voltada para as necessidades da ação humana.
Neste contexto há uma demanda de novas habilidades. Os Parâmetros Curriculares Nacionais destacam:
“Os meios eletrônicos de comunicação oferecem amplas possibilidades para ficarem restritas apenas à transmissão e memorização de informação. Permitem a interação com diferentes formas de representação simbólica – gráficos, textos, notas musicais, movimentos, ícones, imagens -, e podem ser importantes fontes de
informação da mesma forma que textos, livros, revistas, jornais da mídia impressa.” (PCN, 1998, p.141).
As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação e o uso do computador trouxeram novos paradigmas para a sociedade contemporânea em que vivemos. O advento da internet trouxe uma série de transformações na maneira de ensinar e aprender arte. Como diz Robert Lent “O cérebro puramente individual foi substituído
pelo cérebro coletivo”. (revista Presença Pedagógica, 1997).
As tecnologias estão presentes em nosso cotidiano, seja através dos meios de comunicação, da internet ou de produtos que consumimos.
Se olharmos para o campo educacional se vê o computador, os softwares, o vídeo, a internet como tecnologias de informação e comunicação.
Há um interesse muito grande em educação e tecnologia, e muitos desafios são colocados para nós. Vivemos em um mundo onde as tecnologias estão cada vez mais sofisticadas.
Formas tradicionais de educação têm sido alteradas pelo uso das tecnologias atuais. Sem dúvida, uma nova geração tem se levantado com o cotidiano das novas tecnologias, mas para as relações entre tecnologia e ensino /aprendizagem na educação deve ser acompanhada de reflexão, requer clareza quanto ao seu uso,
nada adiantaria crescer em meio a estas tecnologias se não souber usa-las. Para isso é preciso um profissional capacitado e condições adequadas. Com os cursos de Tecnologias de Informação e Comunicação podemos aprender como usar a tecnologia tão importante em nossos dias.
As tecnologias de Informação e Comunicação tem sido uma alavanca dentro do ensino a distancia. A internet nos fornece vários sites de pesquisa. Neles podemos pesquisar encontrar informações e, também, uma gama enorme de cursos on-line dos mais diversos temas.
Com as tecnologias de Informação e Comunicação Bruna nos diz:
Internet”. (SOLA, 2009).
“... nenhuma outra tecnologia introduziu tantas mudanças em tão pouco tempo e com tamanha profundidade, em todas as áreas da atividade humana, como as TIC, intensificadas nas últimas décadas com o uso do computador e da rede mundial de computadores – a
Muitas são as mudanças em nossos dias, além das mudanças, temos a velocidade com que elas são feitas, nenhuma outra tecnologias proporcionou tamanha mudança de maneira tão rápida.
Conforme Lévy a sociedade e a tecnologia não são entidades opostas, existindo uma forte relação entre elas. (LÈVY, 1999, p.21-22). Temos diversas experiências de tecnologias que foram criadas e que pareciam estar destruindo outras, mas a experiência que temos não é isto que acontece. A socialização do
conhecimento se tornou mais presente e atingiu níveis nunca vistos em todos os tempos. Passamos a um trabalho colaborativo, com a produção e o compartilhamento de informação e de conhecimento em ambiente virtual.
Para esta socialização não podemos apenas buscar e trocar informações, mas fazer nossas próprias pesquisas de forma a construir o conhecimento.
As Tecnologias de Informação e Comunicação não vem substituir o professor, o computador, por mais recurso que ele possa ter, ele é programado para fazer tarefas e não pode pensar ou tomar decisões por si, por isso é imprescindível que quem o usa, saiba tomar decisões, mesmo em tarefas difíceis é preciso que ele tenha um programa instalado para executar a tarefa. É preciso aprender a usar esta tecnologia, saber dialogar com ela, aprender suas funções, é preciso construir este conhecimento. Um homem que faz uma tarefa técnica pode ser substituído, mas um homem que pensa, nem sempre.
3.2. A Interatividade na EAD.
A interatividade é um fator de extrema importância na Educação a Distância, onde participar da comunidade virtual se faz necessário. Professores, alunos, escola interagem entre si e com outros fora da sua rede de ensino, alem de profissionais especializados, ou material on-line permitem uma maior compreensão do objeto de
pesquisa e estudo.
Diferentes ferramentas podem ser usadas para ser atingido os objetivos educacionais de ensino com o uso das Tecnologias de Informação e comunicação.
Na sala de aula tradicional temos o conhecimento um para todos e na sala de aula interativa temos um conhecimento mediado por todos, onde o conhecimento é incentivado pela produção colaborativa.
Atualmente, muito se tem exigido o trabalho em equipe, sendo a internet um veículo que promove este trabalho, os ambientes virtuais colaborativos são um bom exemplo de promoção deste tipo de trabalho.
3.3.
Ambiente de Aprendizagem Inovador na Escola
Incluir as tecnologias às atividades já existentes na escola nada acrescenta ao aprendizado dos estudantes.
Apesar de ser a estratégia mais usada, precisa-se ter consciência de como aplicá-la, o que poderia ser mudado com a inclusão de recursos e formação de professores.
É preciso mudança na concepção e na prática de ensino, não basta colocar alguns computadores ligados à internet na sala de aula, é preciso mais do que isso, é preciso empenho dos profissionais da educação quanto a aprendizagem e o domínio destas novas tecnologias, estar junta aos alunos e ensiná-los a construir
conhecimentos significativos.
Não da para falar em educação sem falar de ensino/aprendizagem. Mais do que apenas memorizar, é preciso compreender o que é ensinado.
Conforme Miranda, hoje há uma associação entre tecnologia e inovação:
“... do mesmo modo se tem associado o conceito de tecnologia ao de inovação e estes dois termos ao de melhoria nos processos de ensino e de aprendizagem”. (MIRANDA, 1998).
Novos meios tecnológicos poderão produzir novas formas de ensinar e de aprender.
Como diz Miranda:
particularmente na Word Wide Web (WWW) a sua mais forte expressão”. (MIRANDA, 1998).
“O termo Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) refere-se à conjugação da tecnologia computacional ou informática com a tecnologia das telecomunicações e tem na Internet e mais
Como professor, deve-se ter cuidado ao aplicar sua metodologia, respeitar os alunos e seu ritmo de aprendizado, levar ele a níveis de conhecimento maiores.
Ainda Miranda diz:
Os professores devem ter o cuidado de não impor a sua estrutura e estilo de pensamento aos alunos, mas antes criar situações, problemas, exercícios e projetos que conduzam os alunos para níveis superiores de conhecimento (MIRANDA, 2007).
Para que o professor se torne um agente de mudanças hoje, no ensino, é preciso que ele se aproprie das Tecnologias de Informação e comunicação.
Uma apropriação crítica dessas ferramentas proporciona um melhor entendimento para o seu uso nas tecnologias educacionais.
Não se trata de uma versão computadorizada dos métodos de ensino, mas, uma mudança pedagógica que as tecnologias provocam na concepção ensinoaprendizagem.
As Tecnologias de Informação e Comunicação permitem uma apropriação das tecnologias educacionais como o computador e a internet, proporcionam atividades planejadas que afetam positivamente a dinâmica de ensino e da aprendizagem na escola.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muitas foram às mudanças no Brasil e no mundo em relação à educação e principalmente ao Ensino da Arte. Existe um conhecimento aprofundado na área de Artes que é se precisa buscar.
Influências de estudos que se empregam em outros países foram usadas no Brasil, mas o uso inadequado destas teorias por profissionais com pouco conhecimento e sem entendê-las, acaba por ser aplicadas de maneira errada por faltarem este conhecimento aprofundado a seu respeito.
A partir do conhecimento mais aprofundado pode-se valorizar a produção nacional e proporcionar um ensino voltado para a nossa cultura.
A arte deve ser ensinada a partir de uma metodologia própria ao qual se constrói ao longo do tempo com o estudo, a aprendizagem e as experiências vividas em sala de aula e no dia a dia com o contato com a arte/artistas seja através das mídias, lugares ou pessoas com conhecimento.
Ana Mae Barbosa se referiu a sua abordagem como Proposta Triangular e não mais como Metodologia Triangular como foi anteriormente.
Além das mudanças significativas na compreensão da Arte, houve um reconhecimento do seu ensino, que colocou a Arte em pé de igualdade com as outras disciplinas do ensino, em todos os seus níveis.
A Arte passa a ter conteúdos próprios, e a ser ensinada com propriedade, tem-se um avanço neste ensino. Com conhecimento aprofundado pelo professor permite-se o uso mais adequado de teorias.
A internet tem permitido mudar esta condição. O que antes estava restrito a bibliotecas, passa a estar on-line para o acesso via internet, passa a ser socializada em todo o mundo por qualquer pessoa que queira conhecer e aprofundar seus conhecimentos. Basta um computador ligado a internet e é possível acessar informações de todo o gênero e nível. Nesse sentido, não há desculpas que justifiquem a falta de informação do professor, uma vez que este conhecimento esta disponível no mundo virtual se torna cada vez mais necessário ter ele em nossos
dias.
A aprendizagem é processada em diferentes lugares por diferentes meios, o que ativa a capacidade criadora do homem.
Para poder ensinar e apreender arte é preciso possibilitar experiências e vivencias significativas em fruição, reflexão e elaboração artística é preciso possibilitar ao aluno entrar em contato com a arte não só vendo e aprendendo sobre arte, mas tendo contato com ela na construção do saber, que podem ser intermediadas pela internet.
A Educação a Distancia e as Universidades Abertas do Brasil, foi um grande passo neste sentido. As barreiras de distância e tempo já não são dificuldades diante desse processo.
As Tecnologias de Informação e Comunicação proporcionaram um acelerado desenvolvimento em todos os âmbitos da sociedade, a escola não pode ficar fora dessas mudanças, ela deve contribuir para a formação dos indivíduos através deste conhecimento, deve incorporar tais mudanças.
Permitiram que a Educação a Distância possibilitasse a formação continuada e permanente através de trabalhos cooperativos e interativos, que são ferramentas importantes nesse processo por permitir a atualização dos conhecimentos e a socialização de experiências, aprendizado significativo e contínuo.
Para garantir a aprendizagem significativa é preciso considerar as experiências que o aluno traz e criar ambientes de aprendizagem, possibilitar iniciativas na resolução de problemas, corrigindo erros e criando soluções.
As tecnologias de Informação e Comunicação permitem a realização destas formas de aprendizagem da arte.
O computador e a internet mudaram a forma tradicional de ensino onde o professor era detentor do conhecimento. Hoje, o conhecimento é construído de forma colaborativa com o uso de vídeos, fotografias, áudio, vídeo, computador, internet e ambientes virtuais de aprendizagem que são elementos mediadores no processo de ensino-aprendizagem.
É importante que a educação hoje, seja pautada em práticas que estimulem o desenvolvimento de sujeitos autônomos e colaborativos.
Estar on-line se faz necessário em um mundo contemporâneo com a complexidade de nossos dias.
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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sugestão de Leitura

"A apreciação musical pode despertar no aluno o interesse em ouvir música de maneira crítica e diferenciada e, ao ter a música como referência qualitativa e crítica, melhorar a qualidade da audição e consequentemente melhorar a sua formação como ser humano. Para isso, a atuação do professor frente ao ensino da música na escola é de fundamental importância, porque ele deve assumir a responsabilidade de propiciar para seus alunos oportunidades de vivenciarem atividades de apreciação musical, tendo consciência da dimensão que esta compreende." (Rosângela Duarte, in Makunaimando e o Hino de Roraima: contexto de criação/recepção apud Esther Beyer e Patrícia Kebach - Pedagogia da Música)

Art Project

Art Project é um novo recurso do Google para levar até o internauta a possibilidade de ver obras de Arte de vários museus do mundo. Com um detalhe - as imagens podem ser ampliadas com alta qualidade e mostrar até mesmo as pinceladas feitas pelo artista.
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